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menteconspiradora

Quarta feira 12-10-2005

Vou-vos contar a coisa mais parva e idiota que pode acontecer a alguém.

Num dia da semana que passou, um dia como tantos outros, fui com um amigo a uma cervejaria de Lisboa que durante duas longas horas tem a cerveja a metade do preço, não vou dizer o nome porque devido ao que aconteceu os gajos não merecem nenhuma publicidade gratuita deste blog, digo apenas que fica na almirante reis e mais nada, bem voltando aos factos, entrei com esse meu amigo, um bêbado universitário e fanático do wrestling, enquanto ele foi vazar a bexiga para a poder encher com o precioso néctar dos deuses, pronto, cerveja para os leigos, bem continuando, ele foi lá vazar a bexiga e eu preparei para me sentar quando entalei o dedo no tampo solto da cadeira e me sentei, porra aquela merda dói um molho, enquanto a minha pessoa se esvaia em sangue o empregado de serviço, ao qual vou chamar de empregado 1, um novo e alto empregado, que de ser tão alto deve ter ar a mais no cérebro. O tal empregado 1 ao verme a esvair em sangue pela cabeça do dedo perguntou-me logo o que eu queria beber!

É bem porra, olha estou a sangrar e ele, o que quer beber? Bom deixei passar aquilo pois ele foi buscar um guardanapo de papel branco, se fosse de pano usava para acenar em Alvalade, corri para a casa de banho de forma a lavar o dedo, deixando um trilho de sangue atrás de mim, encontrei o meu amigo por lá que começou a rir ao ver que a cabeça se separava do resto do dedo, ele a rir e eu a tentar manter um ar sério apesar da porra da dor, embrulhei o dedo a um segundo guardanapo de papel e quando cheguei à mesa estava um batalhão de empregados de volta da mesma, um cota baixo de bigode, de certeza membro dessa máfia conhecida como cotas do bigode, que podem ser vistos como empregados de cervejarias, tascas, porteiros de bares de qualidade duvidosa e taxistas.

Esse tal empregado, ao que chamarei empregado 2, ficou de volta da mesa atirando bitoques para o ar, o empregado 1 voltou com um penso na mão e uma rápida pergunta para me animar, “O que deseja beber?”, bem o gajo é persistente, com a ajuda do meu amigo lá consegui por o penso enquanto era bombardeado por perguntas de todo o lado.

Empregado 1 – Então o que vai beber?
Empregado 2 – Como aconteceu isso?
Empregado 1 – Então o que vai beber?
Empregado 2 – No tampo da cadeira foi?
Empregado 1 – Então o que vai beber?
Empregado 2 – Está solto o tampo é? (baixa-se e com os dedos levanta o tampo para confirmar)
Empregado 1 – Então o que vai beber?
Empregado 2 – Olha pois está! (largando o tampo e cruzando os braços a olhar para mim)
Empregado 1 – Então o que vai beber?
Empregado 2 – Isto é só por um preguinho e já está! (A cadeira era a maior preocupação)
Empregado 1 – Então o que vai beber?

Nisto chega o gerente ou chefe deles ou dono sei lá, só sei que se vira para eles e diz, tu leva a cadeira e vai por um prego nisso! Tu arranja um penso ao rapaz!
O empregado 1 com a cadeira na mão e a afastar-se ainda disse, “O que vai beber?”

Esta foi a gota de água e mesmo sem beber nada sai dali para fora antes que perdesse mais uma gota de sangue.

Fui à farmácia mais próxima para ver se sabiam onde ficava um SAP ou centro de enfermagem, fui obrigado a esperar e a tirar uma senha, mais umas gotas pelo chão, lá me disseram que não havia nada ali perto, mas em frente à dita cervejaria havia um, Lá voltei eu para trás de novo e dei comigo a entrar num centro de enfermagem, onde a empregada de serviço foi bastante animadora.

Empregada do centro de Enfermagem – Peço desculpa mas hoje o enfermeiro de serviço está nos hospitais devido à greve dos enfermeiros, pedimos desculpa, mas a cabeça do dedo não cai, não se preocupe.

Pois não cai, por acaso não caiu, ainda, mas a empregada foi simpática e disse que eu teria sorte na rua Dona Estefânia, mais uma vez tive de andar com uma tremenda dor no dedo e com o sangue a escorrer, lá subi eu a rua na companhia do meu amigo que foi gozando o caminho todo, a meio caminho voltei a entrar numa farmácia para ver se sabiam onde era a porra do centro clínico ali na Estefânia, o farmacêutico não sabia nada, mas uma senhora disse logo que havia um centro de enfermagem privado, onde uma senhora fazia os pensos e curativos muito bem, bom fomos até lá e depois de tocar na campainha por mais do que 5 longos minutos lá se abriu a porta, ao entrar demos de caras com uma idosa senhora, que de certeza já passara dos 70 anos, ou mais, ela já devia ser adulta quando os pastores em Leiria nasceram.

Fomos levados até uma sala onde começou o curativo, bem não me posso queixar, aquilo até que ficou bem feito mas ver aquela senhora com as mãos a tremer a tentar fazer um penso e ao mesmo tempo poupando nos materiais é esquisito e além disso ao ver o dedo assim ela pergunta, “A unha depois cresce é? E empurra a outra?” “Se você o diz está bem!”

Reconfortante sem duvida, isso e ter levado uma lição de boas maneiras só por ter dito a palavra “merdas” imaginem se dissesse outra coisa mais pesada.
Porra, lá fui eu para casa com o dedo todo lixado e o pior foi que estava seco, não bebi nada e gastei o dinheiro todo no penso!

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