Scott Columbus
Há coisas que nos marcam para todo o sempre, Homens que se tornaram maiores e mais importantes do que meros humanos, tocaram as nossas almas, deixando nelas uma marca tão grande que o seu desaparecimento deixa uma ferida aberta que mais nenhum outro a virá fechar ou amenizar.
Escrevo assim pois mais um dos meus ídolos deixou o mundo dos vivos, Scott Columbus, o ex-baterista de Manowar que com eles gravou álbuns como o Into Glory Ride, Hail to England, Sign of the Hammer, Fighting the World, Kings of Metal. Que faz um interregno devido aos problemas de saúde do seu filho, que regressa depois para gravar o Louder Than Hell, que grava as duas epopeias ao vivo, Hell on Stage e o Hell on Wheels onde se ouve Eric a dizer, “Scott Columbus as return, and he pounds is drums like the hammer of Thor”.Sim, regressara à banda e gravaria ainda o Warriors of the World, Gods of War, Gods of War Live e o último lançamento da banda o EP Thunder in the Sky e depois faria novo hiato e desta vez para não mais voltar.
Pelo meio vivera o falecimento do seu filho e a substituição não oficial primeiro pelo baterista Rhino que tinha gravado o Triumph of Steel e era agora o baterista de banda de suporte dos Manowar, os HollyHell e depois substituído oficialmente pelo baterista que gravou o primeiro álbum, Battle Hymns, Donny Hamzik.
Muito se escreveu sobre a sua saída, tanto da primeira como segunda vez, eu acredito naquilo que quero, tenho esse direito, acredito em duas musicas que marcam dois desses momentos, a musica final do álbum Triumph of Steel a talvez mais famosa musica da banda, uma balada épica de nome Master of the Wind, dedicada ao filho de Scott na altura padecendo de grave doença, ou assim fora dito e contado.
E posteriormente um novo lançamento antes da segunda saída da banda, I Believe, balada que faz parte do EP Dawn of Battle e que é dedicada à memória de Anthony J. Columbus o seu filho.
Mas dizem também que esta segunda saída se deve a desentendimentos com a banda, principalmente com o Joey di Maio o carismático baixista da banda, que dissera que estava na melhor forma de sempre na altura da sua saída, tanto que tocou ainda com outro ex-membro da banda, o carismático guitarrista Ross “The Boss” Friedman.
O que quer que seja foi passado, a verdade é que a sua bateria, ou como era conhecido o seu kit especial feito de aço inoxidávelcom o nome de “Drums of Doom” encheu de alegria horas e horas e horas da minha vida, gravou álbuns míticos, únicos, algumas das melhores musicas que ouvi e continuo a ouvir têm a sua marca.
Vi-o ao vivo em 97 e 99, 4 musicas no Paradise Garage não serviram a não ser para abrir o apetite para um regresso na saudosa praça Sonny e nada mais, por muito pena minha pois por cá não mais voltaram e quando os voltei a ver ao vivo 10 anos depois em Saragoça já o baterista era o Donny Hamzik.
Scott deixa-nos assim aos 54 anos, assim como tantos outros que tanto me marcaram, estará em Valhalla ao lado de outros guerreiros sagrados. E por lá nos reuniremos todos numa grande festa quando o nosso momento chegar.
Que descansem em paz estes guerreiros eternos, estes senhores que nos tocam a alma e que deixam nela um grande vazio no momento da sua despedida, mas que por outro lado já a ajudaram a crescer e a viver, a ter uma vida cheia. Assim como foram as vossas. Hail Brothers I will see you again when I die.