O futebol não está morto, mas está a estrebuchar
O futebol não está morto, mas está a estrebuchar
são cada vez menos as pessoas que seguem o clube da terra, isso é que está a matar o futebol.
Não é o clube grande ou a FIFA ou a UEFA, ou isto ou aquilo, é o abandono a que se deixam os clubes da terra, abandono esse que sim mata o futebol.
O futebol e a paixão do mesmo nasceu nesses clubes da terra que agora definham em dividas e mais dividas, geridas por cabeças duras que vão mantendo os clubes de pé apenas pelo amor que têm ao mesmo.
Talvez quem seja de Lisboa pense que isso não interessa, mas não é assim, é onde existe mais pessoas que se nota mais esse abandono, porque os adeptos não querem saber do seu bairro, da sua cidade, da sua aldeia, querem é fugir de todas as suas raízes, deixando para trás um passado de pobre de pequeno.
semana após semana esses pequenos clubes têm centenas de jovens a treinar, sabem que estão sujeitos a sempre que têm um miúdo que se destaque a ser levado por um clube mais rico, porque não têm nada que o segure o clube é demasiado pequeno para ser aliciante, porque se perdeu o amor pelo clube do bairro.
Mas as pessoas gritam e berram que são os clubes empresas ou os negócios ou a venda de jogadores ou as facadas nas costas, a corrupção da FIFA, os roubos da arbitragem, os jogos comprados, as claques, a violência nas bancadas ou mesmo a bipolarização do futebol na guerra Ronaldo/Messi na guerra Pes/Fifa.
Apõem mais os clubes da terra, façam-se sócios, sofram a bem sofrer com um titulo distrital num escalão sub 10, ou uma bola ao poste num jogo entre equipas despromovidas que semana após semana deram o seu melhor, voltem ás origens do futebol, longe das televisões e ao tempo da rádio, do relato do rádio a pilhas num domingo à tarde enquanto se vê um jogo entre o Águias de Camarate contra o Águias da Musgueira que acaba 0 a 0 mas onde os jogadores deram tudo pelas 100 a 150 pessoas que estavam na bancada.
e isto já é muito, porque por norma 50 é já a melhor enchente da época!
Viva o futebol o puro, mas esse precisa de adeptos, de sócios de mais carolice e de cada vez mais participação da comunidade pois esse é o verdadeiro futebol e esse é que está a definhar e a morrer, não o futebol dos grandes dos patrocínios, da liga nos da champions do campeonato do mundo e dos contratos de 6 milhões ao ano, ou 100 milhões por este ou aquele jogador, pois esse futebol não está morto, está é a canibalizar a sua essência a mão que os alimenta e que com base nessa muita carolice ainda dá formação a milhares de miúdos ano após ano com cada vez menos apoios e cada vez mais dividas!