Prostituição Judicial
A justiça portuguesa em todos os seus órgãos está envolta em escândalos atrás de escândalos, uma sem vergonhisse estrema, uma justiça sem justiça nenhuma, uma justiça justiceira de uns mas amiga e benevolente de outros.
Os casos acumulam-se, atropelam-se, anos e anos arrastando-se entre armazéns escuros e bafientos, julgados gozões que vão passando entre os pingos da chuva, juízes trocados de comarca quando estão a apertar os calos aos amigos.
Amigos com cauções reduzidas e penas suspensas, amigos ricos a quem é dada liberdade para sair do país, mas ao pobre é dada prisão efectiva por riscos de fuga.
Temos exemplos a mais de uma justiça justiceira de pobres coitados que nada mais fizeram do que o seu trabalho, enquanto que ao mesmo tempo absolve ou condena com penas irrisórias outros bem piores.
Não sei se estão atentos ou não, se a vida vos passa ao lado, mas todos os nossos órgãos de justiça estão podres e sem melhorias à vista, se um jovem juiz que queira praticar a lei, rapidamente é atirado para aquelas comarcas no meio do nada para aprender, nessas comarcas aparecem os casos de colarinho branco, onde terá muitas oportunidades para lhe destruírem os sonhos e o transformarem em mais um serviçal de espinha flexível para se ir vergando às suas ordens.
A justiça apodrece, não avança, regride, está podre e bafienta, são policias a serem condenados por serem policias, são a raia miúda a ser julgada por cumprirem ordens de generais, que evitam assim serem julgados em campos de treinos de comandos, são assassinos de mais do que uma pessoa a apanharem 14 anos e outros em grupo pela morte de um entre inocentes e culpados apanham todos 25, é conhecidos ladrões de bancos apanharem 10 anos por roubarem o que estava na caixa, trocos bancários com seguro, enquanto que os próprios donos que roubaram biliões andam em liberdade a pavonearem o seu roubo.
Se acham que é esta a justiça que queremos estão enganados, por norma a política não se imiscua nestes assuntos, mas os mansos um dia acordam, os mansos um dia revoltam-se os mansos um dia deixam de o ser, o estado tem de intervir, o estado é soberano, não pode continuar a cruzar os braços a ver a banda passar, porque se não daqui a nada os mansos acordam e depois não há nada a fazer!